Segundo
o historiador José Roberto Vasconcellos, uma
italiana, de nome Palmira Boldrini, em 1911, iniciou
a comercialização de uma lingüiça,
tipo caseira, feita de pernil de porco, que ficou conhecida
na época como
“lingüiça da Dona Palmira de Bragança”.
Nas décadas de 20 e 30, viajantes bragantinos
levavam o produto para outras cidades sob encomenda
ou para presentear os amigos. Eram os Calzavarra, Bertolaccini,
Maffei, Rossi, Magrini, Lossaso, Titanegro, Vergili,
Sabella, Centini, Januzzi e outros. E a fama da lingüiça
cresceu. Bragança era um dos maiores centros
de porqueiros do estado. Em sua casa, na Praça
José Bonifácio, 8, Dona Palmira preparava
a lingüiça que chegava às repartições
públicas da cidade de São Paulo. Vendedores
percorriam a região bragantina, com suas camionetas
ou furgões, levando a lingüiça da
terra. Vários comerciantes se enriqueceram com
essa prática. Ainda hoje, diversos são
os estabelecimentos que comercializam e é grande
a procura dos visitantes. Nos restaurantes, nos bares,
nos açougues e até mesmo à margem
das rodovias de acesso a cidade, a famosa “Lingüiça
de Bragança” pode ser encontrada.
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